24 de jan. de 2010

Centro de dança no Rio de Janeiro exporta bailarinos para o mundo

Batendo palmas e contando --"e um, e dois e três"-- para marcar o momento em que os bailarinos devem saltar, a professora de dança Mariza Estrella reclama: "Muito pouca [altura]". Manda Rafaela de Oliveira, 9, e Maycon de Lima, 15, pararem a coreografia de balé clássico e demonstra, com a experiência de seus 65 anos, como deve ser o salto. "Repara que tenho que trabalhar muito para chegar a alguma coisa, né?", diz a professora --bailarina há 50 anos. A boa formação técnica, a postura corporal e o estilo são razões do sucesso dos brasileiros. "A deficiência na formação é a falta de cultura geral", diz Dalal Achcar, ex-diretora do Teatro Municipal do Rio. "Há quem pergunte por que dançar balé clássico. É o mesmo que perguntar por que tocar Beethoven", emenda Inês Bogéa, 44, diretora da São Paulo Cia. de Dança. Para Ana Botafogo, primeira bailarina do Municipal do Rio, o problema no país é a falta de incentivos para o surgimento de mais companhias e, consequentemente, empregos, para evitar a debandada de talentos. "Dá para viver de dança [no Brasil], mas não é uma maravilha", diz. SAMIA MAZZUCCO da Folha de S.Paulo

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